A escolha do absorvente, assim como a opção por um contraceptivo, é muito pessoal. Cada mulher deve procurar saber sobre as particularidades do produto e identificar se elas estão adequadas ao seu corpo.
Quem já o utiliza, afirma que o produto é confortável após um certo período de adaptação, , econômico e ecologicamente correto.
Oferece ainda baixo risco de infecções e, ao evitar a umidade na parte externa da vagina habitualmente causada pelo uso de absorventes, ajuda a diminuir a proliferação de bactérias nessa região, evitando o mau odor.
Feito de silicone (um material, re-utilizável com baixíssima rejeição) em forma de funil, a maioria dos coletores tem uma haste para facilitar a retirada.
O copo é macio, flexível e deve ser dobrado e inserido no canal vaginal com a borda para cima. A pressão exercida pelos músculos vaginais forma um vácuo que impede a passagem de ar, evitando vazamentos. Se for corretamente posicionado, no terço médio da vagina, não deve causar incômodos, e nem mesmo oferecer o risco de cair ou vazar.
A capacidade do copo é de 30 mililitros, sendo que todo o ciclo menstrual feminino varia de 50 a 100 mililitros. Porém, é recomendável que o copo permaneça na vagina somente por até oito horas.
O recipiente comporta um volume até três vezes maior do que o absorvente interno e é vendido em dois tamanhos, para melhor adaptação à anatomia e quantidade de fluxo de cada mulher.
Apesar da ter maior capacidade, o coletor deve ser esvaziado no mesmo intervalo em que a mulher trocaria o absorvente, ou seja, de duas a quatro horas em período de fluxo mais intenso, e de seis a oito horas em períodos de fluxo reduzido, podendo ser usado, inclusive, durante a noite.
Antes de introduzir o coletor, é importante lavar bem as mãos com água e sabão.
Após 8 horas de uso, o coletor menstrual deve ser higienizado e recolocado, pois é reutilizável. O ideal é usar água e sabão neutro a cada inserção e, ao final do ciclo, utilizar água fervente para guardá-lo limpo e próprio para o próximo uso, outra opção é ferver o coletor por cinco a dez minutos em uma panela com água, antes de guardá-lo em local seco e arejado. Os fabricantes sugerem a troca do copinho menstrual a cada três anos, entretanto, se não houver sinais de deterioração, poderá ser utilizado por até 10 anos
O produto não apresenta dificuldades para inserir ou retirar.
Nas primeiras vezes de uso é necessário um pouco de paciência até chegar ao ponto correto. Mas com a prática e após alguns ciclos, a colocação não apresentará dificuldades. Para facilitar a retirada, os fabricantes sugerem segurar pela base, e não puxar pela ponta, para evitar vazamentos. Confortável, uma vez colocado o coletor menstrual não atrapalha nenhuma atividade e é imperceptível.
Para as mulheres que já estão acostumadas a usar absorventes íntimos, a adaptação tende a ser ainda mais tranquila.
Uma das grandes vantagens é a sustentabilidade do dispositivo. É reutilizável, pode durar até 10 anos, ao contrário dos absorventes que são consumidos em cerca de 12 bilhões de unidades por ano e geram enorme quantidade de lixo.
A economia também conta. O preço médio varia de R$ 70 a R$ 180, conforme a marca e o modelo. Ainda assim, esse valor é considerado baixo quando comparado aos custos referentes ao uso de absorventes comuns durante o mesmo período de um coletor.
A opção oferece mais liberdade para as mulheres no sentido de ajudá-las a transpor um período em que ficam privadas de usar roupas claras e da prática de atividades esportivas que requerem movimentação intensa.
Algumas mulheres sentem receio ao manipular a própria genitália durante o período menstrual, mas romper essa barreira pode ser um passo importante para se apropriar do corpo.
*O produto é contraindicado em virgens, período pós-parto e deformidade vaginal.
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